Thursday, March 15, 2007

Sócrates, Partido Socialista, imobiliárias e empresários anónimos, uni-vos !!!


Sócrates, principalmente através dos seus ministros da saúde, justiça e educação, tem criado empresas que compram edifícios de prisões,(EPL por exemplo), escolas (são já sete segundo o Público de hoje) e hospitais (os terrenos do Hospital dona Estefânia,H Miguel Bombarda, Santa Marta, São José, HSA Capuchos e Desterro vão ficar livres após a construção do H de Todos os Santos) e depois encaregam-se de tornar esses terrenos ou edifícios o mais lucrativos possível, através da venda directa a empreendedores imobiliários ou exploração comercial/imobiliária própria.

Esta forma de gerir os património público, muitas vezes histórico e sempre bem situado no centro de Lisboa, não poderia ir mais ao encontro do tipo de gestão desejado pelo CDS-PP por exemplo, e isso é uma das dificuldades dos partidos da direita em fazer crítica ao governo do partido Socialista e de Sócrates.

Nada de substancial muda com esta forma de gestão, pois não haverá melhores resultados na educação, ou melhor acesso à saúde só porque o terreno do hospital dona Estefânia passa a ser um condomínio privado, por exemplo. O que acontece é um alívio temporário nas contas dos respectivos ministérios até que nova crise orçamental apareça, mas nessa altura já sem anéis para vender. Lembram-se das críticas de socialistas à política da venda dos "anéis" de Manuela Ferreira Leite ? Onde estão eles agora ? Serão os anéis diferentes?

Esta via fácil de reforma do estado é uma mudança de embalagem, o mau funcionamento, a mediocridade, a falta de brio profissional vão manter-se...i.e. os factores perpetuantes não mudam.

Há também mais dois aspectos que me preocupam:

Se olharem para o mapa ou conhecerem Lisboa, vão ver que é a maior revolução urbana desde o terramoto de 1755. Olhem para as áreas envolvidas e vejam com os vosso próprios olhos!!! Numa altura em que a cidade está sem rumo político com o marasmo da vereação Carmona, ainda mais preocupado fico.

Em segundo lugar, a questão da natureza de tais empresas. Quem as dirige? Alguém conhece? Alguém sabe que interesses representam os seus administradores ? Alguém os elegeu? Acaso vão responder pelas decisões tomadas? Conhecem Lisboa para poder decidir com fundamento ? De que empresas veêm e para onde irão depois dos cargos que agora ocupam ? Os seus nomes, com sorte serão conhecidos no tribunal de contas...E os ministros, limpam as mãos das decisões dessas empresas donas de meia Lisboa ou vão responder por eles no parlamento ? Que palavra terá a CML no destino de tanto héctare da capital ?

Por isso proponho: Vendam o Palácio de São Bento e coloquem o PM em Chelas porque fica mais barato. Afinal, haverá regra de gestão que me possa contrariar ???




1 comment:

João Baptista said...

Quem escreve assim não é gago