Thursday, April 26, 2007

férias

por agora sou um blogger de férias, já que não o posso ser de outras coisas. até já.

Inédito: Um presidente da CML é arguido

Até onde irá a cara de pau de Carmona ?

Tuesday, April 24, 2007

O que eu dava


para ter vivido aqueles dias.

O melhor discurso que eu ouvi sobre o 25 de abril .

Proferido dia 25 de Abril de 2004, nos trinta anos da revolução, pelo deputado Francisco Louçã.

O Sr. Presidente: —Para proferir uma declaração em nome do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, tem a palavra
o Sr. Deputado Francisco Louçã.
O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Presidente da República de Timor Leste, Sr.as e Srs. Convidados, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, meus caros Capitães de Abril: Há muito mais de 100 anos, o poeta Antero de Quental, fundador da corrente socialista em
Portugal, explicava que as causas da decadência dos povos peninsulares eram, em primeiro lugar, o papismo fanático, que tinha criado a Inquisição e amarfanhado a educação; em segundo lugar, o colonialismo, que tudo consumia; e, em terceiro lugar, o absolutismo, que bloqueava o desenvolvimento.
Portugal vivia, dizia Antero de Quental, um «adormecimento sonambulesco em face da revolução do século XIX» e,
assim, proibia-se de compreender que «o nome do espírito moderno é a revolução».
Era Antero blasfemo, romântico, santo? Era simplesmente moderno.
Mas o poder, beato, colonialista, autoritário, não acompanhou a revolução da modernidade do século XIX, nem sequer
a do século seguinte – foi só com o 25 de Abril que chegámos ao século XX.
Há 30 anos, Portugal viva embrenhado na tristeza. Isolado da Europa, era um País provinciano e tacanho.
As ideias sufocavam, as mulheres eram mandadas obedecer, os audazes emigravam, os jovens morriam na guerra, os pobres desesperavam, os remediados aborreciam-se, os ricos enriqueciam. Os que se opunham eram presos e perseguidos.
Os poderosos é que marcavam este País. Viviam à sombra da ditadura, como sempre virados para o passado: recebendo o ouro do Brasil, primeiro, os dinheiros de África, depois, as prebendas e mordomias garantidas pela mão protectora de Salazar, finalmente.
O parasitismo foi a marca genética dessa burguesia patética que abominava a mudança, atracada num Império megalómano.
Essa elite, nada e criada contra a revolução da modernidade, pasmada num tempo que nunca passava, foi a obreira da decadência de Portugal.
Contra essa elite, contra a sua ditadura que era incapaz de evoluir, pois seria a sua morte, a democracia só poderia nascer revolucionária. E assim foi.
Quem sabia que resistir é vencer, quem tinha a determinação de acabar com a guerra, as mulheres e homens que se juntaram no 25 de Abril, fizeram da Revolução a mãe da democracia.
Revolução mestiça, na convergência entre os povos das colónias e o da metrópole.
Revolução corajosa, porque sabia que o inimigo estava no nosso próprio país e foi aqui que o veio vencer.
Revolução democrática, porque garantia as liberdades e queria a democratização social, essa modernidade que a todos assegura a igualdade de oportunidades, de direitos e de responsabilidades.
Revolução profunda, devastadora para o situacionismo, amesquinhante para essa elite conservadora, de tal modo que, passados 30 anos, tanta vingança depois, recuperada a zona da reforma agrária para coutadas, devolvidas empresas e capitais aos que rapidamente tinham fugido, e ainda os poderosos exigem a suprema vitória da confiscação da memória para conseguirem aquela certeza reconfortante que lhes falta de que a Revolução foi, não poderia ter sido e, portanto, tem de
acabar.
Como gostariam de comemorações vestidas de salamaleques anestesiantes, de fanfarras surdas, de vénias submissas, de liturgias espampanantes, do povo calado!
Como anseiam por um festim que «canibalize» a História, que lhe retire o ânimo, com um aniversário que desconsegue a Revolução – quanto mais velas menos vida, quanto mais anos mais nostalgia, quanto mais tempo menos urgência, sentenciam os normalizadores.
Manhosos, roubam a revolução letra a letra, para que pareça que tudo foi supérfluo, um exagero! Pois com certeza, a ditadura era mansa e chegaria o dia de se inclinar, domesticada, subsidiada, amigada com a Europa.
Um coro de velhos jovens revoltados, agora arrependidos e nobilizáveis, antigos heréticos, agora snobs, repete-nos que a Revolução é sempre demais. É necessariamente um aborrecimento, um susto, um Carnaval, e depois do Carnaval, como todos sabemos, vêm as cinzas. Construtores do passado, porque nada querem do futuro, contentam-se com um presente
eternamente repetido.
Ora, foi contra este espírito asilado, dormente, que se ergueu o voo do 25 de Abril, um levantamento de alma, uma explosão, uma explosão de vida – a revolução moderna.
As mulheres, que não se resignavam à obediência, os trabalhadores, que queriam o que era seu, direitos, dignidade , o que produzem, todos, a liberdade, o direito de informar, de criar, de saber, de discutir, de decidir, Portugal na Europa e no mundo.
Repete-se a censura do «excesso» desse tempo. Excessivo era o atraso, a apatia. Tínhamos a urgência de vencer meio século de ditadura, de uma ditadura instalada silenciosamente nas pessoas habituadas à subserviência, da dita que dominava todas as relações sociais: entre homens e mulheres, patrões e empregados, professores e alunos, velhos e novos.
Era uma tarefa quase impossível. Só uma revolução consegue o impossível.
Democratizar é isso mesmo: vencer uma ditadura em todos os seus lugares e em todos os seus tempos.
Que salto assombroso deu este país então! Se de algo nos podemos orgulhar no século XX é só desse momento fundador,
em que o passado de resistência ganhou o direito ao futuro e criou a democracia.
Foi uma revolução apaixonada, vivida como se fosse sempre, agora, o primeiro dia do resto das nossas vidas.
Que ninguém, por isso, se atreva a menorizar ou a desprezar essa ruptura. Os abrilistas, como os actuais adversários de
Abril, todos, só tivemos o direito de nascer nesse dia. E só nesse dia e a partir desse dia fomos grandes: foi o começo da revolução moderna, saindo do adormecimento sonambulesco em que o País estava mergulhado.
No País mais analfabeto da Europa, o saber do povo escreveu histórias de cultura.
No País que pouco conhecera de democracia, a revolução criou a liberdade.
No País ofuscado na imensidão do império pelos mares fora, reencontrámo-nos na Europa, onde vivemos.
Foi o 25 de Abril que nos permitiu viver.
Perguntar-nos-á, então, Antero, cerca de 100 anos depois, se as causas da decadência foram vencidas. Trinta anos
depois, perguntar-nos-á Abril se continuamos grandes, se somos mais europeus e mais abertos ao mundo, se vivemos mais justos, se, sendo justos, somos modernos.
É claro que nunca há respostas definitivas para as grandes perguntas. Porque como vivemos é como queremos viver e só saberemos se respondermos.
Mas sabemos que a revolução da modernidade do século XXI corre três riscos, os maiores, os de sempre: o fanatismo, o colonialismo e o absolutismo – as causas da decadência que já Antero conhecia mas que agora são só uma e a mesma.
Colonialismo e absolutismo renascem no Império, um poder absoluto sem lei, que estimula um muro do apartheid na Palestina, que desencadeia as novas guerras do petróleo, que trombeteia a guerra infinita, onde quiser, sempre que quiser, quando quiser. O primeiro e único império que procura justificações para uma guerra sanguinolenta depois de já a ter dado como terminada.
Colonialismo e absolutismo a que o Estado português se vergou, aceitando ceder homens e mulheres da GNR para se juntarem aos sipaios do Império na ocupação do Iraque, onde colapsa de desastre em desastre, de vítima em vítima.
Absolutismo, ainda, numa Europa em crise, governada por egoísmos mesquinhos, virada para Washington, esvaziada nas chancelarias que conspiram contra a democracia para imporem um directório, empobrecendo a cidadania que nos daria a dimensão europeia.
Pior: fanatismo e absolutismo, irmanados no horror económico em que as bolsas sobem sempre que os despedimentos crescem e em que as boas notícias das empresas são a desgraça para 0,5 milhões de desempregados em Portugal.
Absolutismo que renasce numa elite que continua à espera «do ouro do Brasil», desperdiçando fundos, pedindo sempre mais. Agora um novo rentismo com o negócio dos hospitais privados, das prisões privadas, da banca privada, da água privada, da electricidade privada, das pensões privadas, da imigração sem direitos.
Trinta anos depois, é assim que querem Portugal: um País sossegado, silencioso, um País de futebol. Um País que é um relvado, uma esplanada, um sítio, onde «uma mão lava a outra». Um País pequenino, que não incomoda e onde tudo se esquece.
É por isso que não quero vir aqui defender as conquistas de Abril. Isso seria pouco, demasiado pouco. Seria de menos.
Seria pensar no passado e desistir do futuro. Queremos, com a legitimidade de Abril, a liberdade que falta, a responsabilidade que escasseia, a justiça, que é a maior dívida de Portugal para consigo próprio.
Por isso, a elite conservadora de agora continua horrorizada com a mudança e governa o País como sabe: com aventuras coloniais, contando subsídios «atrás dos cortinados», querendo uma Europa sem exigência democrática e um País sonâmbulo.
Essa elite fracassou e essa elite precisa de ser derrotada; 30 anos depois, a tarefa moderna é vencê-la. Esse é o compromisso
do Bloco de Esquerda perante o 25 de Abril. É por isso que o saúdo. Viva a República! Viva o 25 de Abril! Viva
o socialismo!
Aplausos do BE, do PS, do PCP e de Os Verdes.

Cambridge MA

o que este blog diz é para reter.


"Sexta-feira, Abril 20, 2007

a única coisa que eu vou dizer sobre a desgraça em virginia
Vou saltar por cima das coisas óbvias, das condolências e do choque. Mas o que mais eu queria dizer é que, por estes dias, a cnn.com é completamente inútil para obter notícias que não sobre este assunto. Que a fotografia do rapaz com armas nas mãos empurrou a notícia dos 127 mortos no iraque para a metade inferior da primeira página do NY Times. E que, dado o historial de falta de equilíbrio mental entre as pessoas que fazem matemática (no mit: um suicídio de um estudante há dois anos, um estudante internado num hospital psiquiátrico por comportamento violento no ano passado, um suicídio de um professor este ano), eu cheguei a temer que o rapaz fosse estudante de matemática...
posted by ana rita ".

Sem título


A alma humana é vítima tão inevitável da dor que sofre a dor da surpresa dolorosa mesmo com o que devia esperar.

Thursday, April 19, 2007

Gay Kiss Montage

dirijo este post a uma pessoa que sabe que é para si. mas também dedico este post a todos os românticos.

O socialismo ou a Barbárie

Por uma questão de raciocínio não gosto de usar dicotomias, como cenários a preto e branco, mas a questão "o socialismo ou a barbárie" assim colocada por Rosa Luxemburgo, por estes dias tem me (infelizmente) vindo à cabeça muitas vezes.
Vejamos:
O Banco de Portugal, denunciado-se, veio dizer em relatório que os salários em 2006 ainda deviam ter sido mais encurtados...
O DN de ontem noticiava que as escolas privadas pagam menos aos professores do que as públicas, por isso são mais "eficientes". Estavam a referir-se, como é expressamente referido na notícia, a questões de custo, não de resultados escolares.
Conclusão a tirar destas notícias: A sociedade escrava é que era eficiente.
Com tanta demência capitalista só me apetece gritar: O SOCIALISMO OU A BARBÁRIE!!!

Monday, April 16, 2007

Faço meu o post do Boss

o meu post hoje é por subscrição.

No Comment Russia, Moscow Anti Putin Demo

kasparov foi preso e liberto. mas para a proxima demo será só preso. é caso para perguntar, quem faz check ao rei ?

Saturday, April 14, 2007

E ainda mais esta

vergonhosa campanha

Frase da semana


Neste momento, Portugal tem no governo um partido socialista que não é socialista, liderado por um engenheiro que não é engenheiro, que tirou o curso numa universidade que já não é universidade.

autor: ricardo araújo pereira. Visão. 12 de abril de 2007.

Resposta ao Ministro da Ciência e do Ensino Superior.


O ministro da ciência e ensino superior disse esta semana, em conferência de imprensa sobre a univ independente, que José Sócrates ao voltar aos bancos da "escola" era um exemplo para os portugueses. Pois muito bem Sr ministro, acha o sr ministro que a generalidade dos portugueses aos 45 anos, com um ordenado a rondar em média os 500-600 €, a pagar uma casa e a ter de educar filhos, que por essa idade dos pais estão, no mínimo, na adolescência, se é que não estão já na própria universidade, acha o sr ministro digo, que a generalidade dos portugueses está em condições de estudar e ainda por cima pagar propinas de 990 €/ano mais despesas de estudo (se for numa univ pública, porque a univ independente onde estudou o PM era privada...portanto ainda mais caro) , sair do emprego a horas de ir à aulas, educar os filhos ? ???
Dizer que o PM em relação à sua formação é um exemplo a seguir é passar um atestado de incompetência aos portugueses, porque é dizer que para além de não conseguirem arranjar emprego, não ganharem o suficiente e não estudarem mais, são incompetentes por não aproveitarem as oportunidades que o sr ministro e este governo lhes "dão".

Por favor, um pouco mais de respeito, é que 20% dos portugueses são pobres, a maioria não teve oportunidade para continuar a estudar e pior, com o desemprego que se acentua e a relação custos/apoios aos estudantes cada vez mais desfavorável, há cada vez menos pessoas de classe baixa ou mesmo media a estudar, e isso vê-se nos próprios estudantes do ensino superior, que ao contrário do que muita gente diz NÃO andam "todos de carro".

Tantos exemplos poderiam ser dados que demonstrariam a crescente desigualdade no acesso à educação, mas posso começar pela forma displicente e de total desconfiança com que os serviços de "acção social" tratam os alunos nas universidades...A única acção social que lhe encontro sr ministro é de exclusão: isso sim é a vossa "acção" social.

Friday, April 13, 2007

Water - Sham Rang Mei

com agradecimentos ao Ivan Nunes

Thursday, April 12, 2007

Vaca fria


Espero que depois da entrevista de ontem a José Sócrates possamos voltar à vaca fria, isto é, à política.

Com a idade agrava-se

Pois é, a idade afecta todos. Cavaco está a ficar senil. Esta é a explicação mais benévola para os dislates de que tem sido autor, pois segundo ele:
1- Não deve haver referendo europeu, depois de ter sido prometido pelos partidos de governo e ainda ser apoiado por todos os partidos com assento parlamentar.
2- Uma panóplia de disparates sobre IVG, aconselhamento médico e etc...etc...Só faltou pôr Isilda Pegado a falar por ele.
3- Fala do aeroporto como se fosse primeiro-ministro...tiques...
4- Ainda sobre a viagem à India, Cavaco falou da comida indiana
esquecendo-se que eles também têm tradutores de português, e que sabem o que ele diz, tendo ofendido, e a meu ver muito, aquele povo que bem ou mal o recebeu e "doutorou".

Prova dos 9

A prova dos 9 de que as coisas não são o que valem em € está nisto: um dos blogs com mais valor, que exige mais trabalho de "sapa", que nos enriquece mais e tem mais conteúdo vale zero: 0 €.
Assim se vê o que é o capitalismo: uma forma bárbara de tudo reduzir a centavos. (o blog de que falo é este )

Monday, April 09, 2007

Autogestão ou iniciativa da sociedade civil ?

Aqui vos deixo também um site dum grupo autogerido, italiano, do qual eu conheço um elemento, em que fazem actividades culturais, políticas, sociais, através de debates, concertos, net-rádio, exposições etc etc. Como é feito por um grupo de jovens de esquerda e não tem um grande orçamento chamam-lhe autogestão, se fosse de direita e angariasse "fundos" seria sociedade civil... Em Portugal não conheço nenhum idêntico.

Fundação Dom Pedro IV

Perversidade. Foi a palavra que sempre me ocorreu quando, nas últimas eleições autárquicas, tomei conhecimento dos métodos usados pela fundação Dom Pedro IV para intimidar os moradores dos prédios que a fundação conseguiu, de forma anormal, adquirir. Sabendo tratar-se de uma população desprotegica, pobre e pouco letrada, a referida fundação ameaçou os moradores e obrigou-os a pagar e assinar documentos indevidamente, numa prática sem escrúpulos. O caso envolve centenas de pessoas, centenas, e é quanto a mim um caso de polícia, mais um...

Desta Fundação fazem parte pessoas conhecidas como Pedro Santana Lopes ou Bagão Félix.

Para o conhecer e perceber melhor é necessário chegar a dois ou 3 pormenores, por isso deixo este link. Peço desculpa por ser de um partido mas, apesar destes estarem um pouco mal vistos em Portugal, tem informação relevante sobre a matéria. Infelizmente não há muitos sítios onde a informação sobre este importante, dramático e chocante caso esteja tão sistematizada.

Boas razões, portanto, para ir amanhã ao cordão humano, às 18 h junto à RTP em Chelas.

jorge luis borges

ouvir a voz de Borges e ver a sua expressão mudou a forma como oiço as suas palavras escritas.

Sunday, April 08, 2007

Blogs e capitalismo

Por aqui n se vê publicidade em blog's, mas as tentações para fazer dinheiro fácil são muitas, por isso existem formas de contar o n de pessoas que nos lêem, e, pasme-se, até quanto vale um blog...
Segundo este site, Daniel Oliveira do Arrastão está rico, o seu blog vale 167000 dólares...Bem bom...

Bandera republicana en los juzgados de Gran Vía

Viva a República ! Viva !!!

Saturday, April 07, 2007

os primeiros a reagir

Lisboa: BE manifesta-se contra remoção do cartaz dos Gato Fedorento no Marquês
Lisboa, 06 Abr (Lusa) - O Bloco de Esquerda manifestou-se hoje contra a remoção do painel humorístico dos Gato Fedorento, colocado quinta-feira na Praça do Marquês de Pombal, e acusa a Câmara de Lisboa de "ter dois pesos e duas medidas".

Friday, April 06, 2007

pergunta

O sr vereador dos espaços públicos e o sr presidente da CML, Carmona Rodrigues, eleito pelo PSD e putativo candidato nas próximas eleições autárquicas, estão a pensar ganhar eleições com os votos de quem? Com a decisão relativa ao cartaz, deve ser com os votos do PNR...

Estupefacto

Portugal é de facto um estranho país, desculpem o lugar comum, mas a notícia de que a CML hoje, feriado, retirou o cartaz dos Gato Fedorento, em menos de uma semana, é realmente surpreendente mesmo para os mais habituados ao modus operandi luso.

Estou estupefacto.

Agora, penso que os Gato Fedorento deviam revêr o processo burocrático do cartaz e ponderar um recurso aos tribunais.

Quanto aos políticos, espero que se pronunciem sobre estes velozes procedimentos da CML, mas que o façam já, daqui a 3 séculos é , digamos, um bocadinho tarde, não sei, digo eu...

Por agora, o ar que se respira é sinistro.

Só falta ver o Carmona na televisão com a sua habitual cara de pau a dizer que não é nada com ele, que foi apenas um normal procedimento, blá blá...

Mas acho também que o facto de ter sido hoje pode não ser por acaso, toda a gente sabe que o programa semanal dos Gatos é ao domingo, se retirassem o cartaz a uma segunda feira, por exemplo, davam mais tempo para eles reagirem, assim fica mais difícil...Mas estou seguro de que aqueles quatro vão encontrar a resposta certa.

Entretanto, vou registando um nome: António Proa (vereador dos espaços públicos) .


Thursday, April 05, 2007

A China não escapará


Didier Zheng. Este nome será importante, ele é o homem que vai estrear o primeiro talk show gay chinês, de nome Tongxing Xianglian.

Terá, pelo menos de início, 130 milhões de espectadores.

Atenção: 13 vezes portugal, só de audiência. É impressionante!!!

É óbvio que, por isto mas por muitas outras coisas que seria agora chato enumerar, a China irá "explodir", só não se sabe é quando...Vai cedendo aqui e ali, e penso que já se deu o ponto de não retorno, a partir do qual as lutas sociais, de classe, culturais etc serão inevitáveis e a questão dos direitos LGBT na China é já um exemplo que agora começa...

Eu só gostava de ver os desenvolvimentos até ao fim, oxalá sejam mais rápidos do que até hoje.

Eles não precisam


Eles não precisam , mas eu dou os parabéns aos Gato Fedorento pelo cartaz que colocaram no Marquês de Pombal.

Nem eu, nem ninguém intelectualmente honesto, pode prevêr exactamente o efeito que o cartaz terá, é difícil saber se é bom ou contraproducente.

Mas eu dou-lhes os parabéns pela frontalidade demonstrada, pela coragem em assumirem uma posição. Isso, em si mesmo, é já uma nova forma de estar na vida pública portuguesa, na qual costuma ser adoptada a postura contrária, de esconder, de falar nas entrelinhas, de não assumir riscos...Por isso eles, os gatos, são inovadores e arrojados, porque cortam com o "pântano" social que geralmente se respira em Portugal, e isso só é bom.

Tuesday, April 03, 2007

Hoje em Lisboa


Nem me apetece falar sobre as razões da queda...farto de reclamar tou eu e muitos vizinhos sobre a forma como a CML corta as árvores da nossa rua...Assim apenas digo: Aconteceu hoje em Lisboa.

Monday, April 02, 2007

Sigur Ros- vidrar vel til loftarasa(video)

este filmezinho deve ter pelo menos 2 anos. mas nunca antes tinham filmado assim.

Sunday, April 01, 2007

window




strange house...