Friday, March 30, 2007

Ilegalizar não ilegalizar ? parte I

Começando pelo princípio:
O regime de Salazar era fascista sanguinário, mesmo se não organizou fábricas de morte como houve na Polónia ou na Alemanha.
Era antidemocrático porque não havia eleições livres, pois nem eram eleitos os que ganhavam na urnas as eleições, como ainda por cima assassinava os seus opositores, mesmo quando estes iam a eleições (Humberto Delgado por exemplo).
Era fascista porque defendia um regime corporativista, nacionalista e autoritário.
Existem fascistas em Portugal, sempre existiram, embora sejam ultra-minoria há já muito tempo, ainda desde o tempo em que o seu ícon máximo, Salazar, estava no poder.
Durante muitos anos não lhes foi possível ter um partido, estavam ilegais em Portugal, fora do sistema eleitoral pelo menos. Agora, embora sem votos que lhes permitam eleger um deputado, existem como organização partidária, pois habilmente conseguiram adquirir os "direitos" do antigo PRD de Ramalho Eanes, quando este partido já politicamente morto tinha diversas dívidas ao tribunal constitucional, e assim puderam formar uma organização legal, maravilhas do direito...nunca percebi porque é que eram ilegais para formar e partido e não o eram para "comprar" um outro partido...mas enfim.
O tempo passou e deixou-se crescer o vírus, agora ainda é mínimo mas já dá problemas.
Perante um conjunto de factos que teriam sido evitáveis se tivesse havido mais audácia por parte dos tribunais e das forças políticas no poder para impedir os militantes do PNR de se organizar, está criado um problema e agora há menos margem de manobra para o ultrapassar, por isso convém pensar bem nas raizes do problema.

1 comment:

João Baptista said...

Mas andamos com vontade de repetir o mesmo não?