Amador nos artistas Unidos

Amador, em cena na Capital é uma obra simples, que nos mostra 4 crises existenciais: dois homens em fases diferentes mas intensas da vida, um adolescente com comportamentos limite e um homem em fim de carreira saturado do seu trabalho, que se sente a espernear no vazio. A terceira crise existencial é a da mulher, filha do homem mais velho e mãe do adolescente, provavelmente uma mulher peri-menopausica, que durante toda a peça apenas diz duas palavras, pedro e pai, mas fá-lo sempre de forma tão diferente que mostra a riqueza na simplicidade do que é uma boa interpretação teatral, executada por Elsa Galvão. E a quarta crise? A 4ª é a da sociedade em que eles vivem, retratada num texto do Holandês Gerardjan Rijnders, magistralmente adaptado à realidade portuguesa por Lut Caenen, Filipe Ferrer e Miguel Castro Caldas. A não perder, no convento das Mónicas, onde podem aproveitar para sentir a atmosfera do sitio onde esteve presa a Dona Branca, a verdadeira, lembram-se ?