Tuesday, July 06, 2010
Friday, May 14, 2010
Monday, April 12, 2010
Sunday, January 17, 2010
E entretanto a noticia vai-se espalhando ...
É interessante, a além do mais faz bem ao ego patriótico, ver como a notícia da aprovação do casamento EPMS em Portugal tem sido noticiada e comentada por esse mundo fora, desde o "Jakarta news" ate aos "Pink News", onde este facto é visto por muitos como um sinal de maturidade e de avançado nível de civilização do nosso país, o que como é sabido nem sempre acontece ...
Ao ler as "Pink News", não resisti em colocar aqui o raciocínio de uma comentadora que desmonta o argumento papal segundo o qual as relações EPMS são contra-natura :
"How to put this kindly…
We're always told that, for all his failings, the present Pontiff has a formidable grasp of logic.
Given this, I'd have thought he could come up with a better justification than the "natural" differences between men and women.
Since gay sex is, by definition, physically possible, and in most cases (like most straight sex) physically harmless, it is "natural" in the broader sense. This tells us next to nothing about whether sexual or emotional relationships are desirable.
Common sense suggests that this has rather more to do with the way two people treat each other than it has with their gender.
The argument against gay relationships holds only if you believe that reproduction is the SOLE legitimate aim of sex, and then you would have to rail against all non vaginal sex (married or not) as well as sex between the elderly or infertile, married or not.
And whatever you're views about the merits of gay relationships then if you profess to believe that sex is better in a loving and committed relationship, then attacking gay people for alleged promiscuity, while denying them the stability of marriage, is the greatest hypocrisy of all.
Besides which, the Pope himself is on especially shaky ground given his view of celibacy. After all, whichever way you look at it, leaving your sexual organs totally unused, is the most "unnatural" behaviour of all.
(Report comment to the moderator)
Comment by Cyril — January 11, 2010 @ 14:05
#
Ao ler as "Pink News", não resisti em colocar aqui o raciocínio de uma comentadora que desmonta o argumento papal segundo o qual as relações EPMS são contra-natura :
"How to put this kindly…
We're always told that, for all his failings, the present Pontiff has a formidable grasp of logic.
Given this, I'd have thought he could come up with a better justification than the "natural" differences between men and women.
Since gay sex is, by definition, physically possible, and in most cases (like most straight sex) physically harmless, it is "natural" in the broader sense. This tells us next to nothing about whether sexual or emotional relationships are desirable.
Common sense suggests that this has rather more to do with the way two people treat each other than it has with their gender.
The argument against gay relationships holds only if you believe that reproduction is the SOLE legitimate aim of sex, and then you would have to rail against all non vaginal sex (married or not) as well as sex between the elderly or infertile, married or not.
And whatever you're views about the merits of gay relationships then if you profess to believe that sex is better in a loving and committed relationship, then attacking gay people for alleged promiscuity, while denying them the stability of marriage, is the greatest hypocrisy of all.
Besides which, the Pope himself is on especially shaky ground given his view of celibacy. After all, whichever way you look at it, leaving your sexual organs totally unused, is the most "unnatural" behaviour of all.
(Report comment to the moderator)
Comment by Cyril — January 11, 2010 @ 14:05
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Monday, January 11, 2010
O país do Não
Nos últimos anos tem havido em Portugal uma luta política em torno de questões não materialistas, ou se quisermos pós-materialistas, como o conjunto de direitos das chamadas minorias sexuais, igualdade de género, direito à IVG, liberdade religiosa, concordata, representatividade da igreja nas cerimónias de estado, e também uma discussão em torno da eutanásia e da procriação medicamente assistida.
Em todas estas questões o país está dividido, embora com vitórias de um dos lados, entre os que defendem a implementação de mudanças, e os que querem manter o status quo ou mesmo mudar no sentido de maior restrição de direitos e liberdades.
O que é desolador é que persiste me Portugal um sector social que se move por um ideal em que seriamos todos homogéneos, católicos, brancos, heterossexuais, recorrendo à saúde privada, andando em colégios privados, com missa ao domingo e baptizados a condizer.
Esse sector não mudou nada desde o salazarismo, continua surdo, cego e vai, passo a passo cavando a sua derrota, porque a única coisa que pretende é obrigar todos a viver segundo as suas regras, tem horror à diferença, teme a liberdade, e parece não compreender o mundo lá fora.
É um Portugal que andava de jipe com os fundos europeus, que faliu mas mantém-se agarrado à banca privada, e tem da economia a visão dos baixos salários, constituem uma incompetente burguesia rendista, pois nas empresas que lideram continuam a ter uma visão mesquinha, invejosa e de curtos horizontes que tem levado a economia Portuguesa a sucessivos descalabros, só contidos pela nossa existência numa espaço político Europeu.
Teve no aborto uma grande derrota, histórica, e continua sem a entender. A eles não lhes basta terem todos os direitos, querem que os outros usem a mesma marca de sapatos. A tudo dizem não: não à IVG, não aos casamentos EPMS, não à adopção, não à PMA, e também, não à laicidade, não à liberdade religiosa, não à eutanásia, não à liberalização das drogas leves, enfim, não não não … Nem mesmo os seus congéneres europeus e arianos são tão incapazes de mudar !
Juntos, constroem o que eu vejo como o país do não, que tem tido o poder quase desde sempre, aqui a ali com os seus intervalos históricos, mas que pela primeira vez em Portugal está a ser paulatinamente derrocado, peça a peça, membro a membro, o que não admira, pois é a primeira vez que Portugal tem democracia consecutivamente durante tanto tempo.
Sinto-me honrado e feliz por poder viver em tais tempos.
Parabéns pelo casamento ,
Viva Portugal, Viva a República !!!
Em todas estas questões o país está dividido, embora com vitórias de um dos lados, entre os que defendem a implementação de mudanças, e os que querem manter o status quo ou mesmo mudar no sentido de maior restrição de direitos e liberdades.
O que é desolador é que persiste me Portugal um sector social que se move por um ideal em que seriamos todos homogéneos, católicos, brancos, heterossexuais, recorrendo à saúde privada, andando em colégios privados, com missa ao domingo e baptizados a condizer.
Esse sector não mudou nada desde o salazarismo, continua surdo, cego e vai, passo a passo cavando a sua derrota, porque a única coisa que pretende é obrigar todos a viver segundo as suas regras, tem horror à diferença, teme a liberdade, e parece não compreender o mundo lá fora.
É um Portugal que andava de jipe com os fundos europeus, que faliu mas mantém-se agarrado à banca privada, e tem da economia a visão dos baixos salários, constituem uma incompetente burguesia rendista, pois nas empresas que lideram continuam a ter uma visão mesquinha, invejosa e de curtos horizontes que tem levado a economia Portuguesa a sucessivos descalabros, só contidos pela nossa existência numa espaço político Europeu.
Teve no aborto uma grande derrota, histórica, e continua sem a entender. A eles não lhes basta terem todos os direitos, querem que os outros usem a mesma marca de sapatos. A tudo dizem não: não à IVG, não aos casamentos EPMS, não à adopção, não à PMA, e também, não à laicidade, não à liberdade religiosa, não à eutanásia, não à liberalização das drogas leves, enfim, não não não … Nem mesmo os seus congéneres europeus e arianos são tão incapazes de mudar !
Juntos, constroem o que eu vejo como o país do não, que tem tido o poder quase desde sempre, aqui a ali com os seus intervalos históricos, mas que pela primeira vez em Portugal está a ser paulatinamente derrocado, peça a peça, membro a membro, o que não admira, pois é a primeira vez que Portugal tem democracia consecutivamente durante tanto tempo.
Sinto-me honrado e feliz por poder viver em tais tempos.
Parabéns pelo casamento ,
Viva Portugal, Viva a República !!!
Thursday, December 03, 2009
Friday, November 20, 2009
Direitos das Crianças e trabalho para menores de 16 anos. PS e BE, as diferenças entre duas esquerdas
Bloco quer impedir trabalho domiciliário a menores de 16 anos
20-Nov-2009
No 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança e no 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, que se assinala nesta sexta feira 20 de Novembro, o Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um voto de congratulação, (que foi aprovado por unanimidade) e também um projecto de lei para proibir a realização do trabalho domiciliário a menores de 16 anos.
No final da anterior legislatura, em Julho passado, PS e PSD, juntos, aprovaram, no regime jurídico do trabalho no domicílio, que menores de 16 anos possam realizar "trabalhos leves", desde que tenham concluído a escolaridade obrigatória. Na votação final na AR, PS e PSD votaram a favor, o CDS-PP absteve-se, enquanto Bloco de Esquerda, PCP e Verdes votaram contra.
O Bloco de Esquerda que sempre esteve contra o trabalho domiciliário a menores de 16 anos e que apresentou proposta para o impedir, volta agora a apresentar um projecto de lei para o proibir.
À agência Lusa, o deputado Pedro
Soares do Bloco de Esquerda salientou: "O actual regime jurídico abre a porta a que os jovens com menos de 16 anos possam exercer actividades laborais no domicílio. É um sinal perigoso e contraditório que está a ser dado à sociedade".
Simultaneamente com o projecto de lei, o Bloco de Esquerda apresentou também um Voto de Congratulação pelo 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos da criança e pelo 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança
20-Nov-2009
No 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança e no 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, que se assinala nesta sexta feira 20 de Novembro, o Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um voto de congratulação, (que foi aprovado por unanimidade) e também um projecto de lei para proibir a realização do trabalho domiciliário a menores de 16 anos.
No final da anterior legislatura, em Julho passado, PS e PSD, juntos, aprovaram, no regime jurídico do trabalho no domicílio, que menores de 16 anos possam realizar "trabalhos leves", desde que tenham concluído a escolaridade obrigatória. Na votação final na AR, PS e PSD votaram a favor, o CDS-PP absteve-se, enquanto Bloco de Esquerda, PCP e Verdes votaram contra.
O Bloco de Esquerda que sempre esteve contra o trabalho domiciliário a menores de 16 anos e que apresentou proposta para o impedir, volta agora a apresentar um projecto de lei para o proibir.
À agência Lusa, o deputado Pedro
Soares do Bloco de Esquerda salientou: "O actual regime jurídico abre a porta a que os jovens com menos de 16 anos possam exercer actividades laborais no domicílio. É um sinal perigoso e contraditório que está a ser dado à sociedade".
Simultaneamente com o projecto de lei, o Bloco de Esquerda apresentou também um Voto de Congratulação pelo 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos da criança e pelo 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança
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